Nossa História




 
 História

O município de Wagner surgiu nas margens do rio Utinga devido à criação de um colégio - O Instituto Ponte Nova (I.P.N.), em 1906 por missionários presbiterianos oriundos dos Estados Unidos da América que formaram a Missão Central do Brasil, destacando-se o médico norteamericano Walter Welcome Wood.

Já existia, contudo, um grande povoado às margens do Rio Cachoeirinha, de nome Cachoeirinha (Wagner), lugar de prodígio e progresso. Ao seu redor é fundado o referido colégio após a compra de terrenos por americanos em missão religiosa em busca da divulgação do Presbiterianismo. Na época, somente três outras localidades - Salvador, Ilheus e Caetité - baianas forneciam ensino de segundo grau (o que se denomina, atualmente, de Ensino médio. Decorre daí a importância histórica desse colégio, que provocou a vinda para aquela região de pessoas, famílias inteiras em busca de escolaridade. Conforme relata Belamy Macêdo de Almeida em seu livro Ponte-Nova: Construindo o futuro olhando no retrovisor, o nome "Wagner" que batizou este município, deve-se a um alemão chamado Franz Wagner, que em 1890, durante uma grande sêca ocorrida na época, prestara auxílio aos flagelados da mesma.

Em 1915, foi promulgada a Lei Estadual nº 1.116, de 21 de agosto daquele ano, que criava a Vila e Município de Wagner, desmembrado do município de Morro do Chapéu.

O Instituto Ponte Nova foi referência de educação por muitos anos no interior baiano até princípios da década de 1970, quando a missão americana se retirou do local. Antes de Wagner, o local teve outras denominações: Ponte Nova e Itacira.

Apesar de ser um município pequeno, Wagner tem a honra de ter entre seus ilustres moradores, professores do mais alto nível que influenciaram todo o estado da Bahia e até algumas regiões do Brasil.

Profª. Dalila Costa (in memoriam)
Profª. Adalgisa Martins de Oliveira (In Memoriam)
Profª. Belamy Macedo de Almeida (in memoriam)
Prof. Raymundo Passos dos Santos(in memoriam)
Profª. Alexandrina Passos Santos

Folclore

As lendas mais conhecidas em Wagner e passadas de pai para filho como a mais pura verdade são: O curupira, figura que tem os pés invertidos, que deixam os rastros contrários ao seu movimento para ludibriar os inimigos.

O Lobisomem, que aparece em noites de lua cheia, geralmente uma quinta ou sexta-feira. Há quem afirme categoricamente tê-lo visto e descreve: " Tem asas, voa lento a uma meia altura, assemelha-se a um morcego grande e atiça a cachorrada que vive as soltas nas ruas de Wagner, Cachoeirinha e Vargem dos Bois ( ambos distritos de Wagner)".

O Pé-de-Garrafa, que deixa um rastro tipo do fundo de uma garrafa e que vive nas altas matas do cerrado a gritar e assustar quem passa pelas estradas.

A Dona-do-Mato ou Caipora, ser lendário, tão famoso quanto o Lobisomem. Vive nas matas e tem por função proteger os animais contra os caçadores. Assusta os homens nas matas, esconde os animais almejados, mas tem uma fraqueza: é viciada em fumo. É sabido de todos que ela, a Dona-do-Mato troca seus animais por uma "capinha de fumo".

A lenda do Corisco : Durante as tempestades de trovões no momento do relâmpago cai um corisco, pedra em forma de cunha que frequentemente é encontrada na região. Quando de sua queda, quebra árvores e deixa um buraco no chão, onde se afunda a uma profundidade de sete palmos (um metro e meio); aflora depois de sete anos ao subir um palmo a cada ano. É incontestável e não há prova insofismável que desdiz tal crendice frente à população Wagneriana (Pontenovense), sobretudo àquela da zona rural. Há, ainda, a personificação da desgraça como sendo um ser também chamado de Pelada, e que atanaza a vida das pessoas que em momentos de fraqueza chamam por ela.

Quanto às festas populares , temos o São João, onde as quadrilhas e pau-de-fita são a sensação. Temos a Semana Santa, quando no Domingo de Páscoa festas populares com quebra pote e pau-de-sebo. A Festa de Vaqueiros no mês de abril. É comum um domingo de corrida de argolinha reunindo os vaqueiros e bons cavalos de toda a região. Faz parte da cultura os famosos ternos de reis, grupos católicos enfeitados com pandeiros, violas e outros instrumentos mais toscos que percorrem casas entre os dias vinte e quatro de dezembro e seis de janeiro, encerrando com uma grande reza em devoção a Santo Reis (os Três Reis Magos). Alguns ternos de reis marcaram história como o terno de "finado Sinó", o extinto terno de Dêja, e o de Antônio Melindro. Atuam ainda em 2007 os ternos de Libório, o de Gerônimo, de Zé Mãozinha, o de Izidório e o de Eugênio, todos movidos à devoção, diversão e cachaça.